Sobre
Detalhes:
- Localização: Ceará / Brasil
- Idade: 28
- Área de atuação: Desenvolvimento de software
- Hobbies: Ler, escrever, vídeo games, programar, fazer sobremesas
- Idiomas: Brasileiro, Inglês (EUA)
Versão curta:
Ayrton Silva é programador, e quando não está quebrando a cabeça com bugs, quebra escrevendo histórias de fantasia (ou com algum Souls-like). Cearense, quando sai da frente do computador pode ser geralmente encontrado passeando com sua vira-lata ou pedalando em alguma rodovia.
Versão média:
Ayrton Silva nasceu e foi criado no Brasil, e é fã de fantasia e ficção histórica desde que se entende por gente. Leitor ávido ao longo de sua vida, ele agora tira inspiração de seus livros, vídeo games e músicas favoritos, assim como de sua carreira como desenvolvedor de software, para criar mundos disfuncionais e sistemas de magia perigosos.
Casado, e dono de uma doguinha desastrada, ele passa a maior parte de seu tempo programando como meio de vida, mas em seu tempo livre você geralmente pode encontrá-lo tentando fazer malabarismo com sua escrita e hobbies. Coisas geralmente caem em sua cabeça, mas ele não se importa.
Atualmente tem diversas obras curtas publicadas, e está trabalhando em seu romance de estréia (assim como mais algumas outras histórias mais curtas).
Versão longa:
Biografia
Nasci em 1996 e fui criado em algum lugar do estado do Ceará, de onde raramente saio. Tenho certeza de que ficariam entediados com os detalhes sórdidos, então vou pular por cima deles e ir direto ao ponto.
Sempre gostei de ler. Sério. Tenho quase certeza que já sabia ler aos quatro anos, e nunca parei. Por volta dos doze anos a galera da biblioteca local descobriu que eu já tinha pego emprestado mais de cem livros e me parabenizou. Fiquei perplexo. Não tinha como eu ter lido mais de cem livros tão rápido, tinha?
A escrita não veio com a mesma facilidade. Por volta dos seis anos tentei escrever meu primeiro livro, algo sobre galinhas, mas dentro de duas horas a história ficou repetitiva e perdi o embalo. Por volta dos nove escrevi um poema para um evento de Dia Internacional da Mulher que recebeu uma quantidade absurda de elogios da minha professora, e por um curto período de tempo achei que minha vocação era ser poeta. Não era.
Nesse meio-tempo, devorei livros. Lia coisas que provavelmente não eram apropriadas para minha idade, tipo A Menina que Roubava Livros e uma montanha de livros do Bernard Cornwell, mas estava feliz com eles, e meus pais estavam felizes de me ver lendo, então ficou uma coisa pela outra. A escrita ficou de lado, esquecida, por muito tempo.
Gostaria de dizer que isso aconteceu porque a vida é assim, mas não foi bem isso que aconteceu; eu só encontrei outras coisas melhores em roubar minha atenção, como um vício poderoso em Valkyrie Profile 2 que durou por todo meu ensino médio. Mas nunca parei de ler. Nem mesmo durante minha graduação em Ciência da Computação, embora o puro volume de artigos quase tenha destruído minha vontade de escrever qualquer coisa. Eu amava a forma como as histórias ficavam comigo por um longo tempo após eu lê-las, como se tivesse uma biblioteca particular dentro de minha cabeça.
Foi mais ou menos nessa época que a vontade de escrever voltou. Não percebi de imediato, mas sabia que algo havia mudado. Minha cabeça não era mais ocupada exclusivamente pelas histórias que eu consumia (que não eram poucas), mas por novos personagens e eventos que eu mesmo imaginava. Não fiz nada a respeito, não a princípio. Deixei as histórias rolarem, deixei os personagens fazer como bem queriam esperando que se cansassem.
Não funcionou. As histórias, e os personagens, ficaram comigo. Pelo contrário, se fortaleceram com o passar do tempo, até que uma história em específico me deixou com vontade de registrá-la — mesmo que de forma resumida. Então a escrevi. Para minha grande surpresa, gostei de fazê-lo. Daí pra frente, não parei. Ainda escrevo. Está lendo isto, não está?
Escrita
Aqui está minha jornada como escritor até agora: Por volta de 2017 (pode ter sido 2016, não tenho certeza) comecei a escrever um romance bem longo de fantasia fortemente inspirado em Bloodborne. No meio-tempo, também escrevi cerca de meia dúzia de contos que enviei para algumas revistas, todos rejeitados. Quando o romance ficou pronto, o enviei para alguns amigos e pedi suas opiniões, e enquanto isso me ocupei escrevendo ainda mais contos.
O romance não ficou muito bom. O primeiro sinal foi quando das oito pessoas para quem enviei, somente duas leram até o final (uma delas agora casada comigo). Os outros sinais vieram quando eu comecei de fato a estudar o ofício da escrita e reli o romance, encontrando mais e mais problemas nele que eu não tinha o preparo para resolver. O fato de que nenhum dos contos foi pra frente também não ajudou.
E aí eu parei de escrever, por um tempo, enquanto esperava por mais feedback sobre o romance. Na verdade, quase desisti. Mas não o fiz. Quer saber o porquê?
Porque as histórias ainda se recusavam a me deixar em paz. Elas me perseguiam. Me atormentavam e zombavam de mim, em cada instante do meu tempo livre. Passeando com a minha cachorra. Andando de bicicleta. Trabalhando. Lavando o banheiro. Elas não me deixavam em paz. Foi um pesadelo.
Surpreendendo um total de zero pessoas, escrever resolveu meus problemas. Voltei às aulas e livros sobre escrita com “sangue nos olhos”, comecei a escrever um romance novo sem o mínimo de planejamento, sem dar a mínima para o quão ruim ficaria, e finalmente, como um exercício de escrita, escrevi Covarde. Em duas sessões, mais ou menos. A princípio, não planejei algo para ser publicado — somente um exercício, mesmo — mas havia algo de diferente com aquela história.
Então fiz a coisa ajuizada a se fazer nessa situação, e o enviei para meus amigos, e eles... amaram. Com certeza não estava preparado para um evento desses. Bem, eles gostaram de outras histórias minhas (na verdade ficaram até furiosos quando um dos meus contos foi rejeitado por uma revista) mas dessa vez a reação também foi diferente. Eu decidi enviar Covarde pra uma revista também, embora fosse uma noveleta e não um conto, e não houvesse uma grande quantidade de editais para noveletas em aberto. Enviei mesmo assim.
REJEITADO.
Parecia o último prego no caixão de minhas aspirações literárias, mas... não parei de escrever. Só deixei Covarde de lado por um tempo e continuei trabalhando em meu projeto principal — o romance. Quando informei meus amigos sobre a rejeição eles ficaram, mais uma vez, furiosos, mas um deles veio e disse: “Por que você não simplesmente publica por conta própria?”
Aviso aos navegantes: Sei que esse conselho não é tão bom assim. Publicação independente não é (ou ao menos não deveria ser) simplesmente jogar um manuscrito na internet. Mas meio que era o que eu precisava ouvir. Sabe por quê? Porque me fez revisitar o que eu tinha escrito.
Um pouco de contexto: Quando enviei Covarde para publicação, só encontrei *uma* revista aceitando noveletas, e o prazo final era para três dias depois de quando a encontrei. Então tive um tempo bem limitado para editar o manuscrito antes de enviá-lo.
Você provavelmente consegue adivinhar aonde quero chegar, não é? Quando abri o manuscrito que se tornaria Covarde, ele tinha nada mais, nada menos, que sete erros de digitação. Que é algo com o qual os editais não são muito tolerantes, porque autores não devem enviar textos que não foram apropriadamente editados. Pois é, esse foi o primeiro sinal de que eu não tinha feito um trabalho tão bom assim. Na verdade, era só a ponta do iceberg.
Então voltei ao trabalho. Passei o pente fino no manuscrito mais de dez vezes. O traduzi para inglês. Contratei uma editora, e depois um revisor. Passei por todos os passos que deveria para publicar algo (exceto fazer um marketing bom, pelo visto), e, finalmente, publiquei pra valer.
E aqui estamos nós. Aquele romance ainda está sendo escrito, por falar nisso. Espero que vocês gostem dele. E quanto àquele primeiro romance que escrevi, tantos anos atrás? Ainda tenho guardado. Ainda está cheio de problemas. Em vez de consertá-los, decidi recomeçar do zero depois (o que meio que já fiz), e ele também ainda está sendo escrito.
É isto. Espero que tenham gostado da leitura.
Fim (por enquanto).